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Conheça a petropolitana que está se destacando no MasterChef Brasil

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Conheça a petropolitana que está se destacando no MasterChef Brasil

Ela já foi apresentadora de TV, viajou para vários países, passou por restaurantes renomados e hoje representa Petrópolis no maior reality show de culinária do Brasil, o Masterchef Profissionais, transmitido todas as terças na Band. Tudo isso motivada por uma única paixão: a cozinha. Filha de mãe francesa e pai português, a petropolitana Heaven Delhaye, de 33 anos, hoje mora no Rio de Janeiro com o namorado e campeão de UFC Rodrigo Minotauro, onde comanda um bistrô na Barra da Tijuca, chamado Chez Heaven.

Crédito: Carlos Reinis/Band

Todo o talento e simpatia indicam que o Masterchef Brasil é só o começo de uma carreira brilhante da chef de cozinha Heaven, que deu uma entrevista para a Sou Petrópolis contando um pouco mais sobre a sua história, curiosidades e objetivos de vida.

Como surgiu o amor pela gastronomia?

Eu digo sempre que tive a sorte de crescer exercendo minha profissão, porque minha mãe é chef de cozinha e desde novinha eu vejo ela cozinhando. Aos 9 anos de idade a minha família abriu um bistrô francês, onde eu cresci uma boa parte da minha infância, e, naturalmente, fui vendo que ser chef de cozinha era o meu objetivo.

Com quem você aprendeu a cozinhar?

Basicamente com a minha mãe. Até os 17 anos trabalhava com ela na cozinha e depois fui para a Europa trabalhar, aprender e fazer estágio em restaurantes renomados. Eu nunca fiz escola de gastronomia, por vários motivos, um deles era a falta de dinheiro, mas aprendi com a melhor escola que podia ter: a vida.

Foto Reprodução Facebook @chezheaven

Como foi a sua trajetória como apresentadora de TV?

Eu trabalhava em um restaurante em Florienópolis (SC), quando fui chamada pela TV local para apresentar um programa de culinária. Depois disso, a Record News entrou em contato comigo para fazer um programa estadual e, mais tarde, fui para o programa de culinária nacional, onde permaneci por mais de um ano comandando o programa Heaven’s Kitchen: Sabores do Paraíso. Passei pelo programa do Amaury Junior e fiquei alguns anos na Rede TV. Eu amo trabalhar com TV, mas, por outro lado, tive que deixar a cozinha profissional por aproximadamente cinco anos. Há dois anos e meio eu voltei para o ramo de restaurantes, que eu acho que é a minha paixão original.

Se você não fosse chef de cozinha, o que seria?

Honestamente eu não sei o que eu seria (risos), porque ser chef de cozinha sempre foi a minha primeira opção. Eu adoro arte, viagens, mas não consigo pensar em outra profissão para mim senão trabalhar com gastronomia.

Crédito: Carlos Reinis/Band

Por que você saiu de Petrópolis?

Eu saí de Petrópolis bem novinha, porque minha família fazia parte de um grupo comunitário cristão e a gente viajava bastante de um estado ao outro. Quando nos mudamos para Florienópolis (SC), meus pais saíram do grupo e abriram um restaurante, e a partir daí passamos boa parte das nossas vidas no Sul.

Qual a sua melhor lembrança de Petrópolis?

Eu não tenho tantas memórias da minha infância em Petrópolis, porque me mudei quando ainda era criança, mas quando a minha avó veio de Portugal para o Brasil, fomos até Petrópolis e foi maravilhoso! Visitamos o Museu Imperial, que é lindo, vimos roupas, decorações e comemos super bem. Então eu tenho uma lembrança muito boa de Petrópolis com a minha família quando fomos para lá reviver e relembrar depois de um tempo sem ir na minha cidade natal.

Qual é o seu prato de comida favorito?

É bem simples: uma carne bem gordurosa, mal passada e, de preferência, com osso. E para acompanhar: um bom vinho. Quando estou de folga, geralmente é isso que procuro. Nada rebuscado, nem que dê muito trabalho, mas que seja simples e saboroso.

Foto Reprodução Instagram @chefheavendelhaye

Qual é a importância das viagens que você fez na formação da sua identidade como chef de cozinha?

Eu acho que toda viagem é muito importante, porque a gente conhece outras culturas, vê outros chefs trabalhando, conhece novos ingredientes, conhece a história e a origem dos pratos. Você volta com mais know how, compreensão e com uma cabeça diferente, especialmente se você trabalha com temas que estão evoluindo tanto, todos os anos, como a gastronomia. Então viajar para um chef de cozinha é algo muito importante, um investimento para aprender, se atualizar e ter novas ideias.

Quais foram os maiores aprendizados que você já teve dentro da cozinha?

Dentro da cozinha você sempre aprende muitas coisas. A primeira delas é a obedecer, porque a hierarquia dentro de uma cozinha é muito importante, aliás, é essencial. Você aprende a ter foco, disciplina e conforme você vai evoluindo de uma praça para a outra você vai ganhando mais conhecimentos técnicos e pessoais também. Quando você vira chef executivo, não basta só saber cozinhar, é preciso saber cuidar do financeiro, analisar planilhas, controlar estoque e a equipe. E o objetivo dentro dessa evolução é achar o equilíbrio: fazer seu negócio dar dinheiro e agradar ao cliente o máximo possível.

Em casa, quem é mais mandão: você ou o Rodrigo (Minotauro)?

Eu e o Rodrigo (Minotauro) somos muito mandões, a disputa é acirrada (risos). Eu estou acostumada a mandar dentro da minha cozinha e ele a mandar na vida, então a gente tenta encontrar o meio termo e entender que cada hora um tem que ceder.

Foto Reprodução Facebook @chezheaven

Qual o seu principal objetivo profissional e pessoal?

Eu acho que é voltar a ter um programa de TV, podendo conciliar com o meu restaurante. De repente abrir uma filial do Chez Heaven em São Paulo, mas ainda tem bastante Masterchef pela frente e eu quero ir super bem nas provas.

Crédito: Carlos Reinis/Band

Se você pudesse mandar uma mensagem para um jovem petropolitano que sonha em ser cozinheiro profissional, o que diria?

Em primeiro lugar, é importante saber que ser chef de cozinha é uma das profissões mais difíceis e estressantes que existem. São longas horas de trabalho em pé, muito calor, estresse, então é um trabalho que você precisa ter paixão. Às vezes um jovem que vê na TV a glamourização, pode achar que é fácil, mas vai muito além disso. Então antes de tudo é preciso ter certeza de que essa é a sua paixão e é o que você quer para a sua vida. Depois, o que eu sugiro, é fazer um estágio, mesmo que seja não remunerado. Chegue todo dia no horário, saia todo dia depois e tenha certeza de que é essa maluquice que você quer e vai te fazer feliz.

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