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Família petropolitana arrecada valor para construir rampa de acessibilidade para jovem com deficiência

Petrópolis do bem

Família petropolitana arrecada valor para construir rampa de acessibilidade para jovem com deficiência

Sem rampa de acesso, Maria Cristina Palma tem que carregar filho, Gabriel, com paralisia e autismo nas costas

Um vídeo postado nas redes sociais, por Maria Cristina Palma, mãe de Gabriel, de 14 anos, portador de paralisia cerebral, autismo severo e hidrocefalia, sensibilizou a sociedade e chamou atenção para a falta de acessibilidade na cidade.

Foto: divulgação

Morando no bairro Samambaia, as imagens mostram Cristina carregando Gabriel nas costas para que ele não fique sem os seus tratamentos, já que o local não possui acesso para que ela possa sair com o filho na cadeira de rodas.

Relembre o caso: Petropolitana cria vaquinha para construir rampa de acessibilidade para o filho com deficiência

Após a repercussão do vídeo, a página Razões para Acreditar abraçou a causa e criou uma vaquinha para arrecadar fundos para a construção de uma rampa de acesso para a locomoção do jovem. 

Foto: divulgação

A boa notícia é que a família arrecadou a quantia para ir além da estrutura. O projeto foi alterado para construir um segundo andar na casa, no nível da rua, o que facilitará a locomoção de Gabriel na cadeira de rodas. Além disso, os cômodos serão adaptados às necessidades do jovem.  

“Até o momento não estou acreditando. Deus foi muito bom com a gente. O valor ultrapassou o esperado. Sou muito grata a todos que ajudaram de alguma forma. Vamos esperar eles repassarem a quantia e iniciarmos as obras. Agora é virar a página e sermos felizes”, relata Maria Cristina Palma, que também cuida do pai idoso que mora na casa aos fundos da dela. Ele tem 84 e sofre de Alzheimer e Parkinson.

Falta de acessibilidade

A falta de acessibilidade na cidade é colocada, por Cristina, como um problema decorrente. Segundo ela, são vários os desafios para se deslocar com Gabriel na cadeira de rodas. Mesmo quando há acesso, falta um olhar mais atento e cuidado com as manutenções. 

Fotos: divulgação

“Meu filho é tudo para mim. Jamais deixaria de levá-lo nas consultas médicas por uma dificuldade. Em um prédio que vamos toda semana, não tem elevador. Ai meu marido sobe com ele no colo os lances de escada. No outro dia tive que ir com ele na Avenida Barão do Rio Branco. Tive que passar com ele pela ciclovia, quase sendo atropelados porque não dava para transitar na calçada com a cadeira de rodas. E quando as escadas dos ônibus para cadeirante não estão funcionando, tenho que subir com ele no colo”, desabafa Cristina, que tem 1,52 de estatura, hipertensa e carrega Gabriel, que tem 61 quilos e 1,62 de altura.

“Quando eu era mais nova e ele menor, eu conseguia. Mas tudo está muito difícil agora, não consigo mais, tenho até medo de derrubar ele”, conta.

Atenção dos órgãos competentes

A divulgação do vídeo nas redes sociais foi um grito de socorro e desespero de Maria Cristina. Ela diz que há três anos procura ajuda por parte dos órgãos competentes para a construção de uma rampa na sua casa. Porém, sem ser ouvida. “Levamos muitos não. É um jogo de empurra. Aí muda o governo e ficamos na mesma. Após a repercussão do vídeo fui procurada por algumas pessoas”. 

“Sou mais uma mãe que procura o bem-estar do filho. Deixamos de fazer um passeio para cuidar da saúde dele. Mas penso também nas outras mães que passam pela mesma situação. Minha vontade é montar um projeto para nos reunirmos para termos visibilidade quanto a essas questões”, finaliza Maria Cristina. 

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